Jesus disse que não veio destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento. Em relação às leis de Deus, sim. Mas em relação às de Moisés, não. Ele fez muitas alterações.
Enquanto Moisés dizia: "amai os vossos amigos e aborrecei os vossos inimigos", Jesus dizia: "amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem e orai e fazei bem aos que vos odeiam e vos perseguem".
Ele ao mesmo tempo sintetiza a lei em: "amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos". E nos explica a sua aplicação em todos os momentos da nossa vida, através das parábolas.
Ele nos dá uma verdadeira ideia de Deus, da vida terrena e da vida espiritual. Mas também afirma que não ensinou tudo "porque não poderíeis suportar", mas que rogaria ao Pai e ele enviaria um Consolador que reestabeleceria todas as coisas e nos faria lembrar dos seus ensinamentos. Fala também da sua volta e do juízo final.
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Em Cristo, sim, nota-se as características de um messias em tudo que ele faz:
-O seu nascimento, já previsto por Moisés e outros profetas.
-A consciência que ele tinha de sua missão desde criança.
-O conhecimento que ele tinha do pensamento de todos os que o rodeavam e de tudo que ia se passar com ele.
-O seu modo de falar, sem vacilar, com lógica, sem se deixar enganar e sem contradições.
-A sua moral sublime, que ele ensinou e deu exemplo, pelo seu próprio comportamento.
-Os fenômenos de cura que através dele se fizeram.
Jesus abriu a porta da salvação aos gentios. Isso nos mostra que o trabalho realizado com os judeus foi uma preparação para a evangelização de todos os povos.
Os Apóstolos não manifestavam uma natureza tão elevada quanto à de Jesus, o que podemos observar nos vários erros em que incorreram:
-Muitas vezes os discípulos não compreendiam as parábolas de Cristo, tendo ele que explicá-las em particular a eles.
-Pedro nega Cristo três vezes.
-A dúvida sobre a ressureição de Cristo.
-Antes de Cristo os chamar, não tinham conhecimento de suas missões.
-Saulo de Tarso, antes de sua visão, perseguia os cristãos.
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Os apóstolos continuaram o trabalho de Jesus, pregando o evangelho em várias partes da Europa e da Ásia, e realizando curas com o poder que Jesus lhes concedeu. As igrejas foram reformadas e confirmadas na nova fé.
Apesar da grande divulgação, pôde-se perceber que o cristianismo não foi compreendido totalmente pelos cristãos, o que ficou constatado com o surgimento da Igreja Católica.
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